IMP – Investigação do Movimento Particular
{núcleo de pesquisa em dança}
07/03/2014 – fechado temporariamente para balanço –
No ano de 2013 o núcleo de pesquisa em dança IMP completou 7 anos de trabalho ininterrupto de pesquisa, criação, discussão, reflexão, produção e difusão em dança na cidade de Curitiba. Dizem que de 7 em 7 anos acontecem alguns fechamentos de ciclos importantes na nossa caminhada, e é bem nesta fase que o IMP se encontra hoje: fechando ciclos necessários para continuar existindo de outras formas, algumas ainda nem descobertas.
Não foi uma decisão fácil, já que todo início de ano várias pessoas escrevem e telefonam perguntando quando vai começar o IMP. E eu me sinto extremamente realizada com essa procura, pois para mim e todos os envolvidos neste projeto isso significa reconhecimento de um grande investimento de energia, junto de uma generosa dose de teimosia, nesse louco universo que é a dança contemporânea no Brasil. Mas é preciso transformar as estruturas, repensar as metodologias (ou não metodologias) e renovar os ânimos. É preciso uma pausa para re-entender o lugar do IMP no mundo hoje.
Em todos estes anos de trabalho, muitas pessoas passaram pelo núcleo e pelo Vila Arte, muitas ações foram realizadas, muitas descobertas foram compartilhadas e muita, muita dança foi impulsionada. Temos orgulho de ter participado na formação de tantos novos artistas criadores, que hoje também dão a cara das atuais produções artísticas da nossa cidade. No total foram mais de 50 IMPistas, 12 LAB_s (mostras de compartilhamentos dos processos criativos), oficinas, residências, entre outras ações tão diversas que só o dia-a-dia do IMP é capaz de revelar. Sem contar o lindo projeto que realizamos com o IMP² (núcleo 2 do IMP) no ano passado: Conexões IMP – da importância de se manter em movimento. Porque é realmente nisso que acreditamos, que é preciso se manter sempre em movimento. Portanto, esta pausa do IMP não representa parada, mas sim um movimento de mudança.
Neste momento de respiro, é fundamental agradecer a todos que, de uma forma ou de outra, acreditaram e acreditam neste projeto.
Agradeço ao Vila Arte Espaço de Dança, que desde o início abrigou carinhosamente esta ideia e que sempre deu todo o apoio necessário para a sua evolução e maturação ao longo dos anos. À Cintia Napoli, nossa maior incentivadora e orientadora fiel. À Cindy Napoli, produtora e hoje também “co-sonhadora” deste projeto. À Juliana Alves, por compartilhar comigo suas tão vivas inquietações através da nossa parceria com o Origami – União de várias pessoas para criar. Aos amados integrantes do IMP²: Douglas Sartori, Gabriel Machado, Maíra Lour, Mariana Mello e Thaísa Marques, meu eterno agradecimento pela intensa troca. A todos os integrantes que concluíram o IMP, desde a sua criação: Fetusa Tezelli, Gabriel Conte, Caroline Freitas, Alexandre Zampier, Camila Oldoni, Nina Monteiro, Lyncoln Diniz, Daniel Kleiber, Isadora Nobre, Jossane Ferraz, Carolina Beltrame, Michelle Camargo, Juliana Chinasso, Regiane Kusnick, Cinthia Lago, Ailen Scandurra, Juliana Liconti, Giulia Crocetti, Thiago Dominoni, Luciane Moraes, Helen Kaliski, Luiz Barotto, Aline do Vale, Janaína Fellini, Juliana Kis, Bel Nejur, Sarah Rosenkrantz, Bruno Mantiqueira, Diego Baffi, Larissa Lima, Laura Formiguieri e Mariana Melão. E a todos aqueles que, independente do tempo de permanência, atravessaram o IMP com suas vontades criativas e particularidades dançantes.
Que surjam novas e frescas configurações para este movimento que, além de particular, não acaba nunca.
Juliana Adur