quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

LAB_11 | Entre fragmentos, esquisitices e desarranjos poéticos

A emergência da dança se dá no corpo. Entre esses fragmentos e desarranjos poéticos, o questionamentos de Magritte nos move como disparador de uma harmonia íntima e de uma unidade de corpo em busca da não coesão. A poesia de Arnaldo Antunes se torna uma co-presença mudando a lógica dos sentidos, tratando o não senso como palavra e dança (NO TRANSLATION).

E no interstício da carne e de sua imagem, entre memória e instante, sob peles, gestos, camadas, buracos e olhares, um sentido de um não sentido se infiltra no corpo. Uma música vibra e pulsa. O espaço entre o pé e o passo.

no Vila Arte Espaço de Dança
Rua Saldanha Marinho, 76 - sala 03
15 e 16 de dezembro de 2012 às 17h
ENTRADA FRANCA

LAB_11

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Há limite pra amar?

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 A Promessa

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

domingo, 2 de setembro de 2012

Um Temporal de Prazer e Calma


Morte e sol. Perda brincante. Multifacetada ação feminina. Transformação do quadro. Camadas de um ato. Um temporal de prazer e calma. Fogo transparente.
A solidão, a saudade e a dor,
Eu quero pintar essa historia. Não o quadro. Retiro-me. E isso fica pra você.
O vento cola em mim as coisas perdidas no ar.
Pontos de luz brilhando, o céu em baixo.
O momento de sentir e voar. A lama do que é triste o azul do que é feliz. Pingam em mim sem me tocar.

sábado, 1 de setembro de 2012

Cartas a Um Jovem Poeta


Dê razão sempre a si mesmo e a seu sentimento, diante de qualquer discussão, debate e introdução; se o senhor estiver errado, o crescimento natural de sua vida íntima o levará lentamente, com o tempo, a outros conhecimentos. Permita a suas avaliações seguir o desenvolvimento próprio, tranqüilo e sem perturbação, algo que, como todo avanço, precisa vir de dentro e não pode ser forçado nem apressado por nada. Tudo está em deixar amadurecer e então dar à luz. Deixar cada impressão, cada semente de um sentimento germinar por completo dentro de si, na escuridão do indizível e do inconsciente, em um ponto inalcançável para o próprio entendimento, e esperar com profunda humildade e paciência a hora do nascimento de uma nova clareza: só isso se chama viver artisticamente, tanto na compreensão quanto na criação. Não há nenhuma medida de tempo nesse caso, um ano de nada vale, e mesmo dez anos não são nada. Ser artista significa: não calcular nem contar; amadurecer como uma árvore que não apressa a sua seiva e permanece confiante durante as tempestades de primavera, sem o temor de que o verão
não possa vir depois. Ele vem apesar de tudo. Mas só chega para os pacientes, para os que estão ali como se a eternidade se encontrasse diante deles, com toda a amplidão e a serenidade, sem preocupação alguma. Aprendo isto diariamente, aprendo em meio a dores às quais sou grato: a paciência é tudo!

Rainer Maria Rilke 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Linguagem verdadeira

Perfeição sagrada.
Contato puro.
Eu danço,
Balanço,
Transponho,
o silêncio tão repleto,
tão cheio,
de movimento.

Lu

segunda-feira, 9 de julho de 2012

10ª

Ontem pensei:

meu Deus,
é a 10ª vez que chego no Vila Arte para limpar e organizar o espaço para o LAB_
é a 10ª vez que fico preocupada se vai ou não vai dar tempo de arrumar todas as coisas, especialmente a luz
é a 10ª vez que preparo um café com a ajuda da Padaria América
é a 10ª vez que explico para o úblico o que é o IMP e o que fazemos
é a 10ª vez que fico nervosíssima operando o som de todos os trabalhos
é a 10ª vez que me sinto meio mãe de todos os artistas
é a 10ª vez que abro e fecho uma roda de feedbacks
é a 10ª vez que fico organizando o Vila até ele voltar a ser o que era antes

Esse "aniversário" de 10 anos de LAB_ me fez pensar muito sobre as questões que venho estudando sobre permanência. Os passos novos que ainda somos capazes de dar a cada ano. O persistir. Confesso que às vezes me sinto um pouco cansada, mas quando vejo o resultado disso tudo meu coração se acalma. Sempre vale a pena o esforço. Aos que me ajudaram a construir mais esse LAB_, o meu muitíssmo obrigada! É a arte, o olhar, o deslumbramento, o comprometimento e o esforço de cada um que não me deixa desistir.

E que venham outros muitos LAB_s pela frente!!!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

LAB_10

O LAB_ é um evento que ocorre semestralmente no Vila Arte Espaço de Dança desde 2007, com o intuito de gerar um espaço de compartilhamento e reflexão sobre modos de criação em dança contemporânea e sobre o exercício de dar feedbacks para trabalhos ainda em processo. Em sua 10ª edição, o LAB_ apresenta 7 trabalhos investigativos desenvolvidos neste 1º semestre de 2012 pelos integrantes do núcleo de pesquisa em dança IMP - Investigação do Movimento Particular. São eles:

Gestô
Façamos parte um do outro. Façamos parte, façamos.
Artistas-criadores: Juliana Liconti, Luciane Moraes e Thiago Dominoni

8 de Julho de 2012
Depois disso acontece alguma coisa. Depois disso não acontece coisa alguma. Amanhã é dia 09 e ...
Artistas-criadores: Thiago Dominoni e Cínthia Lago

Das Tripas Coração
Faminto, devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto, ainda devorou o uso de meus utensílios.
Artistas-cridoras: Cínthia Lago e Regiane Kusnick

Eu que já joguei pétalas ao vento, hoje me equilibro em espinhos
O poema que eu fiz, agora já não é mais meu.
A dança que eu fiz já não é mais minha
Artista-criadora: Regiane Kusnick

Sussurros Paradoxais
Palavras desconexas perdidas na dualidade de um universo sincrônico
Artistas-criadoras: Juliana Chinasso, Vanessa Corina, Yara Rossatto e Giulia Crocetti

Seria todo lo que se rompe por el hipo alborotado
Innumerables sensações de pó cinza de construção inacabada
Artista-criadora: Ailen Scandurra

Ardor
Ardor que dá vida, movimento, ação. Que me impulsiona a viver, a sentir, a ser. Que cria, que é. Amarelo. Que pode ser envolvente, fluxo, circular, onda, rodavida, mas no mesmo momento, pode queimar, criar, pintar, impulsionar, alavancar, chama, movimento, ser.
Artista-criadora: Juliana Chinasso

Orientação: Juliana Adur

Colaboradora | Fotógrafa: Hannay Menegon Cordeiro

apoio: Vila Arte Espaço de Dança e Padaria América

no Vila Arte Espaço de Dança
dia 08 de julho de 2012 às 17h
Rua Saldanha Marinho, 76 - sala 03
Contatos: 3233 - 8034 | 9992 - 5140
nucleo.imp@gmail.com
ENTRADA FRANCA

visite nosso blog: www.movimentoparticular.blogspot.com

LAB_10

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Sê grande e inteiro!

"Para ser grande, sê inteiro.


Nada teu exagera ou exclui.


Sê todo em cada coisa.


Põe o quanto és no mínimo que fazes.


Assim, em cada lago, a Lua toda brilha porque alta vive."


Fernando Pessoa (Ricardo Reis)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Canto do Povo de Um Lugar

Todo dia o sol levanta
E a gente canta
Ao sol de todo dia

Fim da tarde a terra cora
E a gente chora
Porque finda a tarde

Quando a noite a lua mansa
E a gente dança
Venerando a noite


(Caetano Veloso)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Ya .. ya te entiendo .

http://movimentoparticular.blogspot.com.br/2011/10/sobre-esa-cosa-que-no-se-sabe-que.html

Uma pequena resposta àquele outubro :



- Ya no se bien si necesito mandarla de vacaciones.. Quizás, ahora, apenas necesite transformarla y hacerla parte de mi. Que abandone su posición de tumor maligno y pase existir como un pedazo de mi intestino, que sea mi saliva, mis plaquetas, mis ovulos y mis globulos.

Ya no quiero vomitarte, ya no quiero expelirte, ni maltratarte. No quiero mandarte de vacaciones y ya no necesito definirte con un nombre o un numero. Te pido disculpas. Ya puedo entenderte.

Tu existencia insistente ha tomado parte de mi como un sistema acoplado al que ya estaba en actividad.

Eres parte de mi , a ti te devo el color de mi pelo .

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Ah, se a vida fosse um caderno!


Ela – Você acaba de ganhar mais uma estrelinha.
Ele – Ah é? Quantas eu tenho?
Ela – Não sei, nunca fui boa com números, na escola era uma negação em matemática. Sempre preferi qualidade à quantidade. E também não adiantaria nada você saber, não teria como comparar. Cada pessoa, uma estrela diferente: cor, tamanho, textura, espaço vazio ocupado, é tudo diferente! Não gosto de encontrar semelhanças, busco sempre o desvio. Aquele pequeno traço que, na tentativa de imitar, foi um pouco mais para esquerda e mudou tudo. Uma dança feita de diferenças em um caderno de caligrafia. Gosto de dançar no improviso, entre quedas e tropeços, a cada nova esquina da vida.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

O Meu Meio

Vontade de chorar......
lágrimas de pedaços, pedaços de entranhas, de carnes, de barro, de bichos, de vísceras.
Do Meu Meio, semeia pequeno, cresce, cresce, cresce, aumenta,
se expande, se contamina, alimenta, materializa, consagra,
cria vida própria
liberta e estoura o todo
transformando num sopro,
num tilintar leve
estalando.

Blue Blue

Hoje resolvi navegar, simplesmente porque gosto do balanço. É bom olhar a água passando rápido embaixo de nós, os respingos salgados. Cada pulo do barco sobre as ondas pareceria querer me levar para o alto e para o fundo, para o alto e para o fundo...
Aquele mar virou um chão! Um grande chão espelhado e cheio de rugas. Então o que era chão virou céu e o que era céu virou chão. Podemos mergulhar no céu, você sabia? Lá também falta oxigênio, até que se aprende a não respirar: assim posso ir para onde eu quiser. Blue. Será sempre azul profundo.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Experiência de meus pés e Corina.


Enquanto meus ouvidos percebiam a voz dela eu consegui "materializar-me" em minha mente. Soube de meus pés que nem são grandes e nem são pequenos. São grandes e pequenos. Achei um charme pensar na dimensão dos meus pés. Experienciar a dimensão de mim. Também falou de meu rosto, meus lábios... A voz dela correu o espaço a nossa volta dizendo que sou bonito. 
Bem, o corpo esconde tanto.
Com a voz dela abro a percepção de que somos uma lente de aumento disfarçada. Então, minha alma sorriu naquele instante e meus lábios acompanharam a sensação.


O exercício foi generoso e Vanessa (moça dos olhos de mãe) tem uma presença linda.
Em outro instante de vida no exercício passo a observar o corpo dela. Lembro precisamente do brilho do olho direito que acompanhava o mesmo brilho nas unhas da mão esquerda. E tinha um efeito todo elegante. Pena que não sei desenhar mas, a mente fotografou bem. 
Estou apaixonado por mim. Graças a Vanessa que foi o cúpido de toda a história. Sou escravo do meu amor atuante em vida. As vezes sinto que minha existência flutua no ar. Estou fragmentando minhas reflexões.
Meus dedos doem. E essa dor física causa reação no meu corpo. Tenho a certeza que estou vivo e quero dançar mas, dói. A dor aqui é boa. Que fique claro. Não estou sofrendo só estou ressoando no universo.
E isso já esta ficando pessoal demais e a ideia era refletir sobre as potencialidades do meu corpo.


* Como disse, é um charme pensar nos meus pés e na dimensão de mim. rs.

sábado, 7 de abril de 2012

"São dois pra lá, dois pra cá"

Balancei no barco da solidão
mas, não estava só
não estava só

Meu coração chove novamente
tão sinceramente, me ouve?
quanto amor que não estava só.

Meu corpo coreografou instantes
de ontem
semanas passadas

Caminhei muito
e meus pés enquanto dançavam libertaram-se
do asfalto quente
Me ouve?
Tão contentes!

Como é possível o cansaço desaparecer dentro do cansaço?
Como é possível tanta impossibilidade possível?

Deus, como é possível dançar só em conjunto?

Sem Acção, de Nada Vale a Inteligência - De Gonçalo Tavares.

Gente, li esse texto e lembrei muito de nossos encontro.
Um beijo amoroso.
Ps: A postagem acima se refere ao último encontro.

Sem Acção, de Nada Vale a InteligênciaOs conhecimentos ouvem-se, mas para agir a capacidade de audição é praticamente desprezável. Porque agir é estar próximo das coisas e ouvir é estar afastado das coisas. Alguém que apenas ouve será considerado um intruso no mundo, a Natureza não se sentirá ameaçada. Quem ouve poderá acumular conhecimentos, mas essa acumulação não lutará com a Natureza. Esta resiste bem à inteligência, ao raciocínio e à memória do Homem: todas estas qualidades intelectuais são assuntos que dizem respeito exclusivamente ao mundo da cidade, e o que ameaça a Natureza são as acções: os momentos em que os humandos abandonam a audição, e mesmo a linguagem do discurso, e passam a querer falar com o tacto: o único que pode alterar as coisas.
Se os homens, mantendo a sua inteligência incorrupta, fossem seres imóveis, incapazes de qualquer movimento, seriam ainda hoje menos poderosos do que um único metro quadrado de terra espontâneo. Poderiam possuir um grau de aperfeiçoamento no pensamento abstracto, matemático e lógico, mas não deixariam de ser uma espécie secundária ao lado das outras: as possuidoras de movimento. Qualquer cão mesquinho mijaria nas pernas de um homem inteligente, mas imóvel. 

segunda-feira, 26 de março de 2012

fado + helena katz =

No nosso último encontro, nos nossos últimos 3 minutos, coloquei uma música da fadista que eu muito amo e admiro Mafalda Arnault. Qual não foi a minha surpresa, prestando atenção à letra da música, que ela nos dizia nas entrelinhas aquilo que buscávamos a cada palavra dançada no exercício proposto:

"Tu que nasces e renasces, sempre que algo morre em ti"

Fico a pensar sobre a necessidade de se permitir morrer um pouco para que algo novo nasça (ou renasça). E da nossa capacidade inesgótável de voltar a ser.
A Helena Katz fala no seu livro "UM, DOIS, TRÊS, a dança é o pensamento do corpo" que:

"é da qualidade do movimento morrer a cada vez que nasce"

é como a respiração. morrer e nascer e morrer e nascer. contração e expansão. pulsão.

sábado, 24 de março de 2012

Por que você esta escrevendo isso?- Estou experimentando minha sensibilidade.

Há momentos que sinto ser rei absoluto de minha existência. Tem dias que o rato roeu minha roupa e não sobrou nada além da vergonha.Há dias de Chico que me dói por calar. Há dias de Stoklos que peço transformação. Há dias que só caminho. Há dias que danço enquanto atravesso a rua. Há dias que observo as formigas trabalhando e me emociono. Há dias que os raios do sol atravessam o céu com linhas inexplicáveis. Há dias que choro por qualquer coisinha, hoje, choro escrevendo essa frase. Viu só? Há dias que há tantos dias pela frente que penso em desistência. E desisto de desistir por que é pensamento comum. Coitado de quem pensa em ser fraco. Sou forte. Há dias que afirmo ser um puro clichê de mim. E penso: Sou bonito. Então danço torto e distraído pelas avenidas com o sol queimando minha pele, e pés ardentes de asfalto, de peso, de dor, quentes. O importante mesmo é dançar e contemplar cada minúscula ponta de vida. Hoje manifesto: Escrevo asneiras e a poesia me escapa do grafite. Pois que seja uma asneira sincera! Dedico para quem me lê um pedaço do meu sonho. Sonho: Esqueci. Se ofereço esquecimento é por que as vezes não lembro de existir.( Quando danço nas avenidas que atravesso - e toda travessia é um choque de reflexão - as mãos conduzem um movimento esquisito, cheio de dor.) 


sexta-feira, 16 de março de 2012

olá queridx imp !
antes de tudo, peço desculpas pela minha longa ausência e não ter cumprido a minha promessa sobre escrever a respeito da residência ..

Bom, pra quem não sabe , desde o dia 5 de março estou em são paulo participando do LOTE#1, projeto de dança que escolheu colaboradores para participarem de diferentes laboratórios com diferentes artistas interlocutores.
A minha residência está sendo com a Paz Rojo, artista española : http://um.lote24hs.net/interventores/paz-rojo/

vou passar algumas anotações que fiz durante os dias:

" ... ( A Paz ) Tem contado a crise que a europa , e madri em si está sofrendo. Falou do sistema em si , da democracia, da questão de " existimos o no ?"
que somos " una materia humana dispersa , arrojada al capitalismo"
está o tempo todo relacionando a arte e nossa maneira de criar , ao sistema .
" la cuestión de la inutilidad: el estado no garantiza mi existencia, me hace inutil."
contou sobre um artigo que uma mulher escreveu a respeito de umas crianças que se machucavam. Elas se faziam feridas e mostravam " olha, fui eu que fiz " .. elas faziam as feridas e não deixavam que cicatrizassem, abriam-as, mostrando " olha, eu que fiz"...
Ela disse assim , a Paz : las heridas abiertas, una manera de probar que existimos. que existimos por cuenta propia. ( ... ) para que el cuerpo, permanentemente, me avise que existo. ( retomando a questão: El estado No Garantiza mi existencia )


" cuando entramos en crisis, es que ya no nos creemos lo que nos dice el sistema (el estado,sociedad,gente,midia).Te enfermas .... Entonces dicen que te curan ( el estado,sociedad, gente, mídia), pero en realidad te vuelves a creerlo todo . "

O seu foco no trabalho, agora, é nos mostrar como a gente está condicionado a pensar no futuro, de como a gente pensa no movimento para "fazer-lo-ei" em vez de FAZER e que o presente seja o meu presente e não o futuro.
entra a questão do capitalismo, de que temos que nos projetar, pensando em nossa utilidade futuramente, fazer uma faculdade pensando em como poderemos trabalhar, em como teremos um cargo a exercer, uma função na sociedade, um futuro. TER UM FUTURO, FUTURO . ( essa ideia a relacionei hoje, quando fiquei pensando )

Deu como referência um livro do Deleuze, "Lógica de la Sensación. Francis Bacon " e apontou alguns tópicos nele que eu anotei da seguinte forma:
" Como cancelar el " proyectarse", como entrar en una dinamica sensitiva con la acción de pintar .. ( em nosso caso, a ação de mover) "
La sensación es lo contrário de lo fácil y de lo acabado. Es inmediata, no explica, no inplica, y eso es el acontecimiento.
- No hay nada que hacer, futuro que contar, no hay nada que proyectar ... Envolver la cosa , y que ella nos envuelva."

Pensei muito nisso, acho que sim , estamos condicionados em não aproveitar o AGORA em sua maneira verdadeira. "


( preciso interromper aqui .. continuo daqui a pouco .. PROBLEMAS ! )

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Inscrições 2012




I M P - Investigação do Movimento Particular
{núcleo de pesquisa em dança}

O IMP - Investigação do Movimento Particular existe desde 2007 no Vila Arte Espaço de Dança e tem como objetivo proporcionar um ambiente de pesquisa em dança estimulante e provocativo, pautado essencialmente na experiência. Trata-se de adquirir saberes a partir de uma construção coletiva de interesses, em tempo real, porém compreendendo e acolhendo as particularidades de mover e criar de cada integrante. Nossa pesquisa tem o corpo como território de passagem das experiências investigativas, mas os desdobramentos desses corpos dançantes são infinitos.
Orientação: Juliana Adur

Visite: www.movimentoparticular.blogspot.com

Início: 02 de março de 2012
Sextas-feiras, das 9h às 11h
Inscrições até 29 de fevereiro
VAGAS LIMITADAS*

* Os interessados deverão entrar em contato com o Vila Arte Espaço de Dança agendando uma conversa com a orientadora. A inscrição só poderá ser efetuada após a realização desta conversa.

O Vila Arte é um espaço voltado para os estudos do corpo na contemporaneidade que acredita na formação de multiplicadores de arte. Além dos cursos regulares de dança é também sede da desCompanhia de dança, dirigida por Cintia Napoli e ainda promove eventos como o Café com Dança e o LAB_, mostras compartilhadas com o público.

Juliana Adur é formada em Educação Física pela UFPR e pós graduada em arte contemporânea pela UTP. Realizou a Formação Intensiva Acompanhada do c.e.m - centro em movimento (Lisboa/PT). Atua na desCompanhia de dança como bailarina e assistente de direção e na Súbita Companhia de Teatro como atriz e orientadora corporal. É professora de dança contemporânea no Vila Arte Espaço de Dança e orientadora de um grupo de preparação corporal para atores e bailarinos no Pé no Palco Atividades Artísticas.

Informações e Inscrições:
Vila Arte Espaço de Dança
Rua Saldanha Marinho, 76 - sala 03
Centro - Curitiba/Pr
41 3233 8034 / 9992 5140
contato@vilaartedanca.com.br
juliana.adur@hotmail.com

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

dessa mania de se querer dar nome a tudo. e meter o tudo em caixinhas rígidas (e ilusórias)

"Tinha usado a linguagem como um animal, ele tinha renunciado à sua cabeça, renunciado a ser, pela língua, o mestre das coisas. Ele tinha proibido a si mesmo nomear o que quer que fosse. Para ir às coisas, para descer, ver mais baixo. Ele tinha aceitado ver coisas sem ter palavras para designá-las. Tinha renunciado a nomear. Até que todos os objetos em frente estivessem a igual distância, sem inteligência, sem apreensão, sem compreensão, sem ação possível. O mundo lhe era incompreensível porque ele havia renunciado a nomeá-lo, a segurá-lo na sua mão. Ele ofereceu sua língua às coisas. Ele não fazia mais diferença entre o mundo e seu pensamento. Ele estava rodeado de objetos interiores e lugar algum no mundo; ele estava inteiramente fora."
Valère Novarina

in "O teatro dos ouvidos"