segunda-feira, 26 de março de 2012

fado + helena katz =

No nosso último encontro, nos nossos últimos 3 minutos, coloquei uma música da fadista que eu muito amo e admiro Mafalda Arnault. Qual não foi a minha surpresa, prestando atenção à letra da música, que ela nos dizia nas entrelinhas aquilo que buscávamos a cada palavra dançada no exercício proposto:

"Tu que nasces e renasces, sempre que algo morre em ti"

Fico a pensar sobre a necessidade de se permitir morrer um pouco para que algo novo nasça (ou renasça). E da nossa capacidade inesgótável de voltar a ser.
A Helena Katz fala no seu livro "UM, DOIS, TRÊS, a dança é o pensamento do corpo" que:

"é da qualidade do movimento morrer a cada vez que nasce"

é como a respiração. morrer e nascer e morrer e nascer. contração e expansão. pulsão.

3 comentários:

  1. Ju, como estamos conectados! Não pude comparecer na sexta passada, mas olha o que eu li.

    ‎"Esta escurecendo. Esta ficando noite. Esta acabando a página do dia de hoje nesse meu diário de bordo. Estou sumindo no tempo. Estou desaparecendo dessa dimensão, como quem morre. Finalizar um espetáculo, já se disse, é morrer um pouco. Mas nunca posso deixar a oportunidade de nascer, no palco, em todos os princípios das noites..."

    Grande beijo.

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    Respostas
    1. Não consigo parar.
      Tudo lateja,um corpo.Corpo no chão.
      Atravessar sem sentido.
      Sem barulho,sem silêncio.
      Anestesia.
      A pele que busco.
      Movimento que busco.
      Movimento que encontro
      Sobre o último encontro que tivemos a palavra que ficou..Intensidade.

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  2. Uau!Isso faz todo sentido em relaçao a muita coisa pra mim...

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