Como me mantenho conectada? Como lidar com meu desejo de soltar-se, de ficar, de ir, voltar, agir independentemente? Como ser eu mesma e agir por mim mas conectada aos outros? O que fazer com alguma insegurança? Eu sei propor?
Meu entendimento se fez diferente quando percebi que o simples fato de estarmos ali, com a intenção de estarmos, naquelke lugar, com aquelas pessoas, naquela manhã e como generosidade e disponobilidade já nos conectava. E juntos ou separados mantinhamos o elo e criavamos de acordo com cada pessoa desenhos específicos e histórias únicas, embora todas permeadas por esse lugar de encontro, atravessadas pela atmosfera única, bela mas transitória que construíamos.
Porque a conexão, o ritmo, o fluxo e a energia, não implica em agirmos da mesma forma. Então, dali a pouco eu via pessoas fazendo algo, virava e quando voltava estávamos no mesmo movimento, não como quem copia; como quem, conectados, impulsionam-se a resolver seus problemas de forma semelhante. E, mesmo quando diferente percebia-se na intenção que se estava muito próximo.
Segurávamos a sala juntos.
E o melhor aqui é que o espaço aparece mesmo como algo palpável. É possível sentí-lo, vivê-lo, experenciá-lo e, em nossos corpos, torna-se até mesmo visível.
Espaços-fragmentos construídos unica e diferentemente a cada encontro, a cada descoberta. Espaço, pois, como resultado dessa nossa conexão, tão variável mas tão constantemente presente.
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