Final de semana passado fui internada, por mim, em mais uma experiência cheia de pessoas estranhas, em um ambiente estranho com uma proposta nada estranha.
A proposta era, resumindo em miudos, dar uma passada por cima do ser ator...
Seu olhar, intereza, conquista do público, encarar o público, criar, pensar, fluir, virar bicho, árvore, flor, falar línguas estranhas...
Primeiro dia:
- Oi, meu nome e tal, eu gosto de tais coisas e meu sonho é.
Pronto!
Já me conhecem e eu já conheço todo mundo. Agora podemos nos tocar, conversar, contracenar, criar todos juntos.
Segundo dia:
Bom, agora ja nós conhecemos bem.
Estamos até juntos nesse sábado chuvoso, frio e bege. (Sim, bege, por que cinza é lindo e também fica lindo com outras cores, mas o bege é bege ne gente? Tem que ter muuuito bom gosto praa fazer isso ficar bonito. Então pra mim quando Ctba tá sem graça, tá bege.)
Agora já trocamos olhares mais cumplices, já sabemos quem é "melhor"no que, já chamamos pelo nome e falamos de intimidades na hora do cafezinho.
Na última hora Fátima (Ortiz) nos presenteia com um texto belíssimo de Cecília Meireles - A arte de ser feliz.
Com sua maestria, Fátima fez com que bebessemos aquele texto. Ele aquece a alma. Pinga cores em nossas faces como num quadro de Mario Lima.
Muita informação mais o texto não sai da cabeça.
Ainda hoje me peguei recintado pela manhã: "... Ora, nos dias límpidos quando o céu ficava da mesma cor que o ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar..."
Terceiro dia:
Mais frio, mais chuva, mais bege.
Retalhamos o texto digno de Jack, por partes.
Foi lindo ver e sentir as palavras saindo do papel e tomando vida e forma em nossos corpos e falas.
Obrigada pela intereza.
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oowww Bell!
ResponderExcluirq linda!!