quinta-feira, 8 de setembro de 2011

******Sobre andar

Ande.
Como se o mundo esquecesse você.
Como se você identificasse sua transitoriedade.
Como se aprendesse que não há ninguém olhando você e nunca houve.
Você pensa apenas em dirigir, não vindo de lugar nenhum, não chegando em lugar nenhum.
Apenas dirigir.
Contando o tempo.

(Charlie Kaufman)

4 comentários:

  1. Achei estes trechos do filme "Sinédoque, New York" nuns escritos meus sobre o processo do "Distancias". Achei engraçado, pq de alguma forma vejo essas coisas no que venho pensando sobre o bagagens, mas de uma forma um tanto quanto diferente de como eu pensava a dois anos atrás, la no distancias.
    Parece que a coisa agora é mais tátil, mas ao mesmo tempo mais confusa, pq não é mais presa a um só mundo, um só corredor. Um só lugar, nem sei se agora existe um lugar (???).
    Enfim.
    Sei lá se me entendem. Estou a divagar hehehe

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  2. Lindos textos, Gab. No sentido mais mundo de lindo.
    E sobre o não ter casa, eu bem entendo. Embora com todo o desentendimento intrínseco dessa condição(?).

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  3. Uauu,

    Gostei muito do primeiro texto Nego... ser fluxo, ser cosmopolita...

    Tenho pensando muito nisso na vida...

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  4. Lindo filme, lindos diálogos. Lembra desse:

    "Tudo é mais complicado do que você pensa. Você vê apenas um décimo do que é verdade. Há milhões de pequenos textos anexados a cada escolha que você faz. Você pode destruir sua vida cada vez que você escolhe, mas talvez não saberá por 20 anos, e talvez nunca, jamais localize a fonte. E você tem apenas uma chance para jogar isso fora. Basta tentar e descobrir seu próprio divórcio. E eles dizem que ...não existe destino, mas existe. É o que você cria. E mesmo que o mundo continue por eras e eras, você está aqui apenas por uma fração de uma fração de segundo. A maior parte do seu tempo é gasto estando morto ou ainda não nascido. Mas enquanto está vivo você espera em vão, desperdiçando anos, por um telefonema ou uma carta ou um olhar de alguém ou alguma coisa para fazer tudo certo. Mas isso nunca vem, ou parece vir, mas não realmente. Então você passa seu tempo em vago arrependimento ou vaga esperança que alguma coisa boa virá adiante. Algo para fazer você se sentir conectado. Algo para fazer você se sentir inteiro. Algo para fazer você se sentir amado. E a verdade... eu sinto tanta raiva. E a verdade é que eu sinto tanta tristeza. E a verdade é... eu tenho me sentido tão magoado por muito tempo. E por muito tempo eu venho fingindo que estou bem, apenas para seguir adiante, apenas para... Eu não sei porquê. Talvez porque ninguém queira ouvir sobre meu sofrimento, porque eles têm os seus próprios. Danem-se todos. Amém”.

    Até,
    Rodrigo.
    www.fotolog.com/negativezero

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