sábado, 24 de setembro de 2011

votos de renovação

Eu subo no palco novamente. Para novamente dançar o que já dancei tantas vezes, mas que nunca se fixa, está sempre a mudar. Desta vez estou estrangeira. A expectativa se encontra na comunicabilidade da arte que escolhi fazer e compartilhar com o mundo. Como as pessoas irão receber a minha dança? Que espécie de relações irão construir comigo? O que realmente tenho a oferecer que ultrapassa qualquer entendimento linguístico ou cultural? O movimento e a paixão. O corpo definitivamente não tem fronteiras ou territórios marcados. Ele transita, ele está aqui e acolá. Os aplausos contínuos transmitem a vibração sensível de uma experiência que transborda os limites do inteligível. Eu deixo o palco retomando no peito uma sensação antiga de quando descobri a potência da dança pela primeira vez. E de novo reforço, consciente, o que naquela época foi apenas uma descoberta: quero e preciso fazer isso para o resto da vida.

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