O vento sopra indiferente,
O vidro tremula o vazio entre si e seus limites
Apenas a ausência.
E os espaços incompletos se tornam sons e movimentos
Mas se vê o silencio,
ecoando na essência de tudo que é
E se vê o tempo,
escrevendo com pó sua impaciência sobre os móveis
E a luz que reflete as cores, brilha por falta de opção
E tudo que se afirma, é sim por não poder ser não
Tem certas manhãs que eu preferia não estar aqui
E certas noites, se não fosse por você eu me deixaria até cair
Não que seja especial
Não que te considere real
Mas o vazio do teu silêncio, muitas vezes me conforta
E ainda que te esqueça, me levanto e fecho a porta
O lado de dentro, o lado de fora,
Eu sei, depende só de mim
E se eu fosse algo assim, não me permitiria abrir
Ao olhar pra você, E olhar o espelho
E olhar o reflexo, E ver o que vejo
Me perco em tantas incompletudes
E duvido que haja alguma maneira,
se somos todos feitos de nada
Porque no fim nos tornamos poeira?
A mesma que cai
Sem saber se ja chegou
Sem saber se é ou se deixou
Sem saber que sou igual e me pergunto
Pela janela do quarto, o outro lado
Pela janela da alma, o que não falo.
Muito bonito!
ResponderExcluirMuito bonito! [2]
ResponderExcluirMeooo deooos quem é Israel Barros? Isso é muito o que sinto durante o trabalho... a ausencia, o tempo e principalmente, palavras/movimentos que contrui na gotas da vidraça em silencio.
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