domingo, 14 de novembro de 2010

Coisas


Eu não sei. Há momentos em que é tão difícil estruturar pensamentos... E por um lado isso é bom. Tenho pensado demais nesses últimos tempos...
Quando a Ju perguntou "do que você tem medo?" eu percebi que, na verdade e para variar, meu medo é sempre esse de não atingir. Medo de não conseguir me colocar em risco, medo de não chegar no outro.
Acho que o que me move - tanto na janela quanto no rompimento - é o amor. Assim como na vida. E o que isso possa significar. Tive vontade de falar mas (há-há!) isso me dá medo, me assusta um pouco. Mas vejo como meu caminho de alcance ao outro é através do amor. Do amor que dói e afasta-se, mergulha em si mesmo como que para fugir de si, de sua natureza que nem sempre é fácil, confortável, agradável. Do amor que rompe as fronteiras, escancara as janelas, quebra, sangra. Do amor que beira a paz, que se reconhece no afeto, que alegra e esquenta. Esquenta esse impalpável, torna morno o intangível. Do amor que ama apenas por amar pois encontra sua satisfação em encontrar o outro. Por mais que não haja correspondências, por mais que não se cumpram expectativas. Apenas ama. Pois crê, dessa forma, alcançar o outro, crescer a paz, acreditar o mundo.

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Beijos amorosos, meus queridos.

2 comentários:

  1. que maravilha de texto. que maravilha de reflexão. eu estava sentindo falta das escritas particulares de vocês sobre as impressões deste momento de criação. obrigada pelo presente de amor.

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