quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Parapeito

Então minha gente.

Venho dividir com vocês um pouco do que estou pensando.

Durante os nosso exercícios essa palavra tem vindo muito na minha cabeça.

E resolvi ir atrás dela:


Definição:


“Parapeito (do italiano parapeitto) é uma espécie de parede como barreira, que se ergue até a altura do peito, situado à extremidade de um telhado ou edifício. Pode servir para prevenir quedas não desejadas, e ainda ter funções defensivas, de construção ou estilo arquitetônico.

Também chama-se parapeito ou peitoril à parte inferior das janelas, de madeira ou outro material, onde se debruça. Em linguagem militar, o parapeito é a parte superior das trincheiras, que serve para proteção dos soldados.”


Não satisfeito com tudo isso fui vasculhando o Google e encontrei um livro que se chama No parapeito de uma menina chamada Rita Ferro Rodrigues.


Ela tinha um blog e o livro surgiu dai:


Editado A partir do blog que fez sucesso na internet, um livro, No Parapeito: as palavras que ficam suspensas nas janelas, fala das coisas Simples da felicidade.

A história de abertura que dá o título ao livro é um texto de homenagem aos seus avós. Durante anos namoraram à janela, e para manterem a intimidade das palavras e os segredos dos amantes, falavam no silencio: escreviam frases inteiras no ar, desenhando todas as letras que são necessárias para dizer tudo o que se sente quando se ama. Assim foi durante muitos anos. Aquele amor cresceu naquela janela e com ele o desejo de casar..


Olhem ai, coisas que encontrei da moça:


Fui escorregando por ti adentro, devagarinho. Tacteando à medida que ia entrando em ti, com cuidado. Tinham-me dito que isso de um homem e uma mulher sentirem um pelo outro (apenas?) uma amizade profunda era luta perdida


A vida vai-me passando ao lado. Desta janela parada em que a observo é doloroso ver outros parapeitos irrequietos e, asseguro-vos, demasiado irreverentes. Urge dar valor à vida


Será que ela repara, que o tempo não anda mais?

Será que ela repara, que o sol não gira mais?

Será que ela repara, que meu peito para?


Disso me deu a súbita vontade de dançar com a Sarah, que gentilmente aceito o convite e estamos começando a explorar essas ideias.


E como nem tudo são flores na vida de um casal, porque de vez enquando vem a guerra... ainda tem um conto da Marina Colasanti que está nos inspirando para fazer o desentendimento (ou pode ser o não intendimento) do casal:


Apto 503:


Chegando em casa do trabalho, boa-noite, um vago beijo, e os movimento sempre reiniciados.


Porém não aquela noite. Depois do cumprimento, em vez do beijo, recebeu da mulher uma luz de incompreensão:


-Wrts? - Perguntou ela. Ou assim lhe pareceu.


Impressão de ter ouvido mal. Repetição de tudo. E de repente a vertigem do espanto. Sim, as palavras de tantos anos não eram mais veículo. Falavam línguas estranhas. Ainda insistiram, esperando. Mas os sons que articulava nada significavam para o outro. E esbarraram no silêncio.


Quietos na casa pela primeira vez.


Procuraram-se pelos olhos. Ensaiaram gestos. Aos poucos, um entendimento distante se fazia, substituindo conversas.


A casa vestiu outra rotina. Cediam o passo diante da geladeira, entretinham-se em silêncio ocupados em si, já não brigavam. Encontravam-se à noite reconhecendo gemidos, e no espaço aberto pelo não falar moviam-se fáceis.


Mas um dia, voltando da rua, ela o cumprimentou com o antiga naturalidade. Boa noite, e estendeu o rosto para o beijo.


Vencendo rápido o susto, ele imprimiu no rosto luz de incompreensão e :


- Wrts? - respondeu


E para quem puder entre no blog http://sorriso-do-bisturi.blogspot.com/ para conhecer um pouco mais da R.F.R.



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