quinta-feira, 29 de abril de 2010

Dança como percepção

Depois de nosso último encontro, após discutirmos questões de racionalidade e organicidade do movimento, após falarmos sobre o tempo das nossas ações, abro displicentemente o livro da Helena Katz e me deparo com as seguintes idéias:

(...)
Dominantemente cinética, nela (na dança), a ação condiciona a existência, uma vez que para ser dança, a dança precisa estar sendo feita. Um fazer que é uma presentificação de instantaneidades perceptivas, onde a distância tempo-espacial entre um antes e um depois parece estar dissolvida. Os tempos internos do corpo escapam ao olho que observa.
(...)
A dança alcança o corpo como uma orquestra específica (na forma de pensamento do corpo) de coleções de juízos perceptivos. Momento inaugural que, ao mesmo tempo, finaliza o processo neuronial que o estabeleceu.
(...)
Quando irrompe no corpo, o movimento já é um resultado da cadeia desses acontecimentos perceptivos, e se presentifica como um único. Irrepetível. Porque é da qualidade do movimento morrer a cada vez que nasce.
(...)

(UM, DOIS, TRÊS. a dança é o pensamento do corpo - Helena Katz)

Não é maravilhoso como estamos conectados com as informações do mundo???

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