O outro precisa de mim e eu preciso muito do outro.
O outro faz com que eu me reconheça, me enxergue, me assuma.
O corpo do outro tem outra intenção, outra qualidade, outro ritmo, mas que me contamina, eu quero o outro. Dançar com ele, mas não ser ele.
Preciso do outro. Não consigo sem o outro, mas que este outro não vire eu. É eu e o outro.
Com o outro eu me conheci:
Tenho pintinhas, pele branca, minha orelha é do tamanho da medida entre a bochecha e meu olho. Meu braço é gostoso de apertar, minha escápula é pequena.
Me percebo com o outro, me toquei através do outro.
O outro diz que sou "moça sem esconderijos, roupa rosa e roxa, meiga e carinhosa. Tenho disponibilidade formando círculos no ar, uma minhoca. Me quebro em mil pedaços com ombros tagarelas, cachoeira, tem um ponto que parece puxar todo o corpo. Talvez dois.
Dá pra ouvir a música que a faz dançar, soy muy hermosa!"
O outro não é um supérfulo ou um simples objeto, faz parte de mim, faz parte do IMP.
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